quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ooops! me apaixonei....

Tava aqui sofrendo. De novo. Chorando por nem sei bem o que. Ou sei. Muita coisa. Mas num tom de arrependimento barato e fútil. Inútil. a vida que eu perdi vomitando. O tempo que eu perdi bebendo. Os amores que não tive. O sexo que não fiz. Blaaaa. Um monte de tempo perdido de novo lamentando, lamentando, lamentando. Já não basta o tempo REAL que já passou e não volta mais? Parece que as forças que preciso pra correr atrás do que não fiz acabam faltando. Mas não....tem força de sobra quando odeio o mundo, quando ele não me dá o que quero e bato o pé feito menina mimada. Tem força na raiva que sinto da minha mãe por ter me metido de um jeito errado na vida ou o meu pai porque não  fez nada, ou quase nada. Tem energia de sobra pra eu gastar chorando e pensando em gente que não pensa em mim. E eu penso, penso penso penso, e eu não penso realmente em nada. Gasto! Gasto energia e tempo com o passado. E pensando em você, tentando entender. Às vezes quero entender demais, o que não dá, o que não precisa.

---------

Cansei. Preciso setorizar. Dividir o que vale a pena e o que não vale. Não há tempo a perder. Quem sabe esse meu pé não está realmente quebrado e tem um tumor galopante me tomando mais tempo? Típico: mais um clichê na minha existência (risos tensos), não é por isso. Nada, nada, nada, nada novo.


-------------------

Você foi novo.... você me fez brilhar e me sentir bela. Me desejou ou me fez crer que eu podeia acreditar que me desejava. Fui feliz, eufórica, louca! Cada palavra me fazia gozar de todos os prazeres da vida. Mas era só imaginação , não era? Não foi isso?? Não era real,de pele.... E eu lutei pra não me sentir culpada por você sair com outra...outras? Sexo e poder andam juntos,não? Eu achei que tinha poder...hahahahahahahahahah...que tinha controle...ahahahahaha.....tolinha.

-----------
Na real não queria admitir, mas ooops! me apaixonei... que droga???

-------------------

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

not even...

I’ve a broken foot
I’ve a thyroid lump
Or is it a tumor in my heart?

I took a  pill and a sip and flew high

I call you to hear my desperate cry
You you you you on my mind and nothing else
But you are never there

Out of touch
Out of sight

The physical pain is gone
But my mind still aches

You you you you screaming
The child in me burns for it
Like a drug
The toy you show and put away
The toy I will never have

I hate you then
My heart is throbbing fast
My mind swirling
I’m falling again

You don’t want to hear me
You don’t want to see me in my depths
My deep dark soul

My fall is deep
And it is not even in love

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não vale a pena - Jean e Paulo Garfunkel

Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar

Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor

De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer

Que é uma pena
Mas você não vale a pena


(O legal da poesia e da arte é isso: quando seu coração fica sem palavras pra expressar o que sente, sempre tem alguém pra te ajudar a lamber as feridas... )

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

E aí, por onde começar?

Pé quebrado, garganta quebrada, cabeça....enfim, a vida começava a me empurrar de volta para meu centro de gravidade: fica bem quietinha aí menina!! Vai pensar melhor nos seus caminhos, naqueles por onde passou, no ponto onde está e pra onde quer ir.... Me dei conta que a vida estava sinalizando isso há tempo.... estava estagnada e a tendência era me acomodar, ficar rodando em círculos ou retornar pelos mesmos caminhos desastrosos. Talvez o pé quebrado fosse o sinal mais evidente: pé + caminho errado = quebrou. Mas não era tão simples assim. Eu nunca tinha pensado sobre os caminhos que trilhava. Pensava na minha existência como algo simples e relativamente feliz. Alguns rompantes de desespero eventuais, mas em geral uma vida plana. Na real meu cotidiano era um tédio. Os dez anos aparentemente felizes foram construídos com o preço da aniquilação da minha memória e do meu futuro. Girava solta. Eu quisera evitar a todo o custo a dor...o relembrar, o reviver. Mas não dá mais.